sábado, 19 de abril de 2008

Assembléia de Sexta (18 de abril)

Ato

Começamos o ato em frente à reitoria, onde havia cartazes (alguns feitos pelo nosso campus) escrito tanto piadinhas sobre o uso do cartão corporativo como assuntos sérios (pedidos de transparência, dissolução do CONSU e reformulação do Estatuto com representatividade igual entre os campi).

Quando chegamos já foi exigido dois representantes da Baixada Santista para compor a comissão de articulação, em que foi discutido o andamento do ato e da assembléia, e foi passado o que foi discutido em cada campus, etc. Do nosso campus foi decidido a Fernanda (psicologia) e Gláucio (fisioterapia), ambos do 5º termo.

O ato foi muito importante, fortaleceu a relação entre os campi, e enquanto as pessoas manifestavam, foi possível ir conversando com outros cursos. O curso de medicina estava claramente contra o ato, embora identificamos alguns que estavam lá, apoiando e fortalecendo a importância de reivindicarmos mais espaço no estatuto. Disseram que são contra uma expansão desenfreada, desestruturada, mas que acreditam a importância de novos cursos.

Medicina

O que gerou mais polêmica foi a atitude de alguns alunos da medicina. Primeiramente, durante o ato, ficaram cercando o movimento e decidiram, em um momento, molhar com mangueira os estudantes que estavam manifestando pacificamente. Isso não ocorreu pois a polícia impediu. Quando era quase 18hs, começamos a nos organizar para a Assembléia. Foi votado entre ficar onde estávamos, próximos à reitoria, ir para o Teatro Lindenberg ou ficar em um estacionamento. Foi decidido ir ao Teatro Lindenberg. Nisso, a medicina foi em grande número para lá e foi um grande empecilho para começar. Em meio a gritos, ofensas, e tumultos, que foram diminuindo conforme a assembléia acontecia, mas que permaneceram até o final, esses estudantes da medicina se mostraram bem contra esse momento, em que claramente, pela primeira vez na história da UNIFESP, eles não tinham voz maior que o resto. Embora estava presente esses futuros médicos do Brasil que trataram de forma ofensiva e machista as meninas que se manifestavam em frente, havia sim estudantes (embora minoria) com o mínimo de respeito, e que inclusive apresentaram idéias interessantes. De uma forma geral, foi muito triste e deprimente ver a atitude desses futuros profissionais da saúde (alguns que até já eram residentes) que não conseguiam estabelecer um diálogo inteligente com os demais, e nem eram a favor de exercer a democracia. Rasgavam as folhas que passavam por eles, não deixavam as pessoas circularem pela Assembléia, tumultuavam o tempo inteiro não deixando as pessoas falarem e pelos discursos, foi claro ver como se vêem superiores perante aos outros cursos. Ficaram assustados e revoltados quando foi citado que não existe mais Escola Paulista de Medicina, que agora é UNIFESP.

Assembléia

A assembléia, apesar de muita dificuldade, foi caminhando dentro de seus objetivos. A princípio as discussões foram mais centradas ao comportamento da medicina, mas aos poucos foi dito tudo que era importante dizer. De informes especiais, haverá uma reunião com o corpo docente e outra com os funcionários de toda a UNIFESP para estes apresentarem sua posição perante o escândalo do cartão corporativo e o movimento estudantil. Foi falado também sobre a situação de São José dos Campos, em que há uma falta de estrutura muito grande e o que aos poucos está sendo encaminhado não é pela UNIFESP, e sim pela prefeitura local. Votamos, ao final, os seguintes pontos:

1) Plebiscito para a retirada do reitor na sexta feira, dia 25: sim, e ocorrerá cada um em seus respectivos campi, através de um voto por urna.

2) A formação de uma comissão com 2 representantes de cada campi para decidir uma série de coisas, entre elas como seria possível uma reformulação do estatuto em que haja representatividade igual de todos os campi.

3) Uma assembléia na quarta (em seguida da reunião do corpo docente), na quinta ou na sexta. Nessa assembléia seria decidido os próximos encaminhamentos do movimento e foi consenso de maioria a necessidade dela. Por conta de que teria o plebiscito na sexta também, foi decidido que esta ocorreria no dia 25.

4) Paralisação até sexta feira, ocupação da reitoria e greve: não foram aceitos

5) Paralisação apenas na sexta feira: consenso de maioria. Nesse caso, não haverá aula na sexta feira, pois será um dia para a realização do plebiscito e assembléia.

Os representantes do nosso Campus será decidido na terça-feira, dia 22. É importante ressaltar que durante todos os momentos, apesar de já ter seu posicionamento perante as questões, a UNIFESP Baixada Santista firmou que estaria disponível a acatar com o que fosse decidido na assembléia. Isso continuará na próxima assembléia, e portanto a presença da maioria continua imprescindível. Enfim, haverá aula normal, exceto sexta feira.

Diretório Acadêmico.

6 comentários:

Juventude Libertária disse...

Parabens estudantes da Unifesp Santos!

Sou do Centro dos Estudantes de Santos (CES) e além de parabenizar, ofereço a ajuda que pudermos nas mobilizações que vocês pretenderem fazer aqui na Região.

Quem quiser nos conhecer melhor veja nosso blog onde divulgamos nossas atividades: www.blogdoces.org

bernaum disse...

a manifestação de sexta foi muito boa , com participação de todos os campis, e a assembléia realmente foi difícil de se conduzir.
primeiramente, parabéns a todos os alunos que foram, participaram, votaram e fizeram acontecer ontem, apesar de ser uma longa jornada, ontem foram dados vários passos...

continuem assim ! ! !

Fê! disse...

Acredito que a Unifesp está construindo algo que é realmente novo em sua história e isso tem seus obstáculos...
Porém, vejo que estamos aprendendo e construindo finalmente a UNIFESP.
Ontem, apesar das dificuldades, foi um passo muito grande e como o Bernaum disse...parabéns a todos que participaram!!!

Espero todos na próxima...

Pablo Cardoso disse...

Por que será que não estou surpreso com a atitude dos estudantes de Medicina? hahaha

Enfim, o bom senso (não ter greve, ter aulas até sexta e não ter ocupação) falou mais alto. Mesmo com essa paralisação já decidida para sexta-feira, a qual particularmente sou contrário, o resultado final foi bem satisfatório.

Lembrando que quinta-feira pela tarde temos a Área Verde para todos os cursos, sendo assim, suponho que a universidade esteja, infelizmente, vazia como esteve ontem.

Bel Keppler disse...

Sim, parabéns a todos que estiveram ontem exercendo, não só o papel de estudante, como de cidadão. É hora da gente exigir o que é nosso e dos futuros estudantes da NOSSA universidade, sem pensar pequeno. Vamos lutar sim por uma reforma justa do estatuto, mesmo que seja difícil de enxergar uma possibilidade nisso por enquanto.

E vamos continuar participando!

agnes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.