quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Marcos Ferraz assume como reitor temporário da Unifesp após renúncia coletiva

GISELLI SOUZA
colaboração para a Folha Online

Após renúncia coletiva do comando da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) na manhã desta quarta-feira, o Conselho Universitário da instituição indicou o professor Marcos Ferraz como reitor temporário por dois meses. Se confirmado, Ferraz vai substituir Ulysses Fagundes Neto, que na segunda-feira renunciou ao cargo de reitor.

Segundo o professor José Orlando Bordin, integrante do conselho, o nome de Ferraz, que atua na área de psiquiatria, será encaminhado ao ministro Fernando Haddad (Educação) para confirmação.

Hoje pela manhã, também renunciaram o vice-reitor, Sérgio Tufik, o chefe-de-gabinete da reitoria, Reinaldo Salomão, e outros quatro pró-reitores da instituição: Luiz Eugênio de Mello (graduação), Helena Nader (pesquisa e pós-graduação), Walter Albertoni (extensão) e Sérgio Dribi (administração).

A renúncia de Fagundes Neto ocorreu após reportagem da Folha informar que relatório da Secretaria de Controle Externo do Estado de São Paulo, do TCU (Tribunal de Contas da União) apontarem irregularidades nos seus gastos de viagem do reitor, entre 2006 e 2007.

Fagundes Neto é suspeito de desviar R$ 229.550,06 dos cofres públicos. Segundo o TCU (Tribunal de Contas da União), Fagundes Neto usou irregularmente recursos do Estado para pagamento de itens de consumo de luxo, cometeu desvio de finalidade, burlou o regime de dedicação exclusiva, realizou viagens não autorizadas ou com prazo superior ao estritamente necessário.

Ontem, o Ministério Público Federal em São Paulo e a AGU (Advocacia Geral da União) protocolaram uma ação civil pública por improbidade administrativa na Justiça Federal contra o ex-reitor. Na ação, o procurador Sergio Suiama pede uma liminar para bloquear os bens e quebrar os sigilos bancário e fiscal de Fagundes Neto.

Além do reitor, o procurador também cita na ação Sérgio Tufik, Reinaldo Salomão, e a ex-chefe-de-gabinete da reitoria Lucila Amaral Carneiro Vianna. Segundo a Procuradoria, eles são réus porque participaram dos supostos atos ilegais praticados dentro da universidade.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u438387.shtml

Um comentário:

Danilo Cruz disse...

Já era hora. Mesmo atrasado a renucia do nosso "querido e honesto" se fez sem uma evidente força discente, porém importantíssima. Ontem em Assembléia Geral com um quorum de 45 alunos a eleição de Marcos Ferraz foi considerada ilegítema. Bem devemos considerar que trata-se de um reitor pró tempore (temporário) com um mandato de 60 dias em que se dará as novas eleições. Acredito ser uma perda de tempo e de força querer fazer valer o inadequado estatuto para apenas tirar alguém que já tem dias contatos no cargo e mais todos sabemos que a grande pedra no sapato do movimento estudantil é o Consu (pela não representatividade que não possui)e que na verdade são eles que detém o poder. Com tudo isso creio que a melhor opção do movimento estudantil é se unir para que consigamos ter representatividade nas decisões do Consu como por exemplo o poder de vetar medidas ou referendar o eleição de reitores.

PS.: que não façamos como o Consu e que decisões como greve e paralizações sejam referendadas pela maioria dos alunos no periodo letivo.