terça-feira, 29 de julho de 2008

Encontro Nacional de Estudantes avança a organização das lutas do movimento estudantil.

Segue abaixo o texto realizado pela Tamiris, do 1o ano de nutrição. Ela foi ao ENE (encontro nacional dos estudantes) e conta um pouco pra gente como foi:

O ENE terminou com propostas concretas para responder a falta de combatividade da UNE e às necessidades dos estudantes em defesa da educação.

Desde o ano passado o movimento estudantil brasileiro atingiu um outro patamar. A partir da Ocupação da Reitoria da Usp, o que vemos é uma disposição enorme dos estudantes responderem com mobilização e luta a todos os ataques que o governo Lula, os governos estaduais e as reitorias realizam sobre a Educação Pública.

Com a Ocupação da Reitoria da UnB, e outras mobilizações que seguem ocorrendo, vemos que 2007 não foi um raio em um céu azul, mas sim a abertura de um novo momento para o movimento estudantil. Momento este que temos que potencializar para debatermos e derrotarmos os ataques que a educação vem sofrendo, entre eles o REUNI, o decreto dos IFETs, a Reforma Universitária, as Fundações Privadas e a falta de democracia nas universidades e escolas e é nesse sentido que se fez necessário um chamado a todos os estudantes em luta, a todas as entidades de representação à construção do ENE (Encontro Nacional de Estudantes) para que se debatesse tais problemas como também a própria organização do movimento estudantil.

O Encontro Nacional de Estudantes (ENE), realizado no dia 2 de julho em Sarzedo-Betim (MG), reuniu cerca de 800 pessoas de todo o país e delegações internacionais, vindas da Argentina, Equador, Paraguai e Costa Rica também estiveram presentes; o encontro foi convocado por cerca de 26 instituições entre CAs, DCEs e executivas de cursos, entre outras.

A abertura do evento aconteceu com a apresentação de um vídeo da greve da Fundação Santo André (FSA), do ABC paulista, demonstrou o espírito de mobilização da atividade. Em seguida os estudantes foram divididos em grupos de discussão com dois pontos principais em pauta: Construir um plano de lutas unificado e debater a organização do movimento estudantil.

Após as discussões nos GD´s, todas as propostas foram expostas e votadas na plenária final que apontou como resoluções do encontro a elaboração de um plano de lutas como eixo a mobilização contra o ReUni, para concretizar tal plano os estudantes votaram uma calourada unificada em agosto e uma jornada de mobilizações contra o REUNI e a Reforma Universitária na 3ª semana do mesmo mês. Em setembro será realizada uma semana nacional contra a repressão. Além disso, deverão ocorrer plenárias e encontros estaduais que organizem os estudantes nos estados.

A segunda resolução foi à indicação para que todas as entidades discutam a construção de um congresso nacional de estudantes para armar e organizar as lutas. O objetivo central desse congresso será debater amplamente uma resposta para seguir avançando nas lutas e organizar os estudantes após a falência da UNE como entidade representativa do movimento estudantil, visto que tal entidade foi denunciada pelos próprios estudantes por perder seu caráter histórico-combativo e ter se aliado ao governo e suas políticas neoliberais que sucateiam a educação, logo deixam de organizar as lutas, quando ainda não se colocam contra os estudantes.

Um comentário:

Tami disse...

Acredito que a partir do encontro se faz de extrema importância, aproximarmos o contexto nacional do movimento e do panorama da educação em diversos estados, para um mais regional, da nossa UNIFESP,e realizar junto com estudantes de todo pais a jornada de lutas tirada pelo encontro, e realizar as atividades propostas também no nosos campus!Entre elas, a mais próxima, a proposta da semana da calourada,que foi pensada para as universidades do país que recebem calouros no meio do ano, entretanto, muitas que não recebem também vão aderir, o objetivo da semana é a a presentação para comunidade escolar do contexto vivido pelas universidades públicas e pagas de todo país, um panorama da educação e dos ataques sofridos por essa comunidade, seja por funcionários, alunos ou professores e conscientizar a respeito das lutas em andamento, da situação atual do movimento estudantil, e combater através de discussões e reflexões opressões gerais vividas nas universidades, como por exemplo racismo, machismo e homofobia e debater a questão também da repressão policial aos movimentos sociais..entre outas, e concerteza declarar problemas específicos de cada universidade!

Vamos a luta xD